A decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de pôr fim à classificação da covid-19 como emergência de saúde pública de importância internacional, foi anunciada na última sexta-feira(5). Segundo a entidade, o vírus se classifica agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”. Em pouco mais de três anos, a doença causou quase 7 milhões de mortes e 765 milhões de casos em todo o mundo.
No dia 30 de janeiro de 2020, a OMS decretou a COVID-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Foram levados em conta vários aspectos epidemiológicos, incluindo o potencial de transmissão, a população suscetível, a severidade da doença, a capacidade de impactar viagens internacionais, entre outros fatores específicos.
Mesmo com os sentimentos de alívio e de comemoração, pelo fim da emergência de saúde pública internacional, devemos nos atentar de que a doença vai continuar em nossas vidas. O vírus não sumiu definitivamente e ainda haverá alguns surtos da epidemia, como acontece com os outros vírus respiratórios, que também causam impacto em determinadas épocas, onde acontecem a elevação do número de casos, internações e mortes, mas podemos sim, dizer que o pior já passou.
O UniFacema utilizou-se, com todo empenho e dedicação, dos seus eixos: ensino, pesquisa e extensão, no uso de novas tecnologias para as atividades remotas, na participação voluntária de seus estudantes da área de saúde no combate ao vírus, por meio de atividades de responsabilidade social. E também, cuidados, normas e adequações, em sua volta ao presencial, no apoio à prevenção da doença, na exigência do uso de máscaras, do álcool em gel, continuando a dar todo o suporte aos seus alunos e alunas, professores e colaboradores, dia após dia. E agora, com o anúncio da Organização Mundial da Saúde, o sentimento que impera é o de não ter medido esforços no sentido de obter o melhor para a sua comunidade acadêmica, em momentos tão delicados e assustadores.
Assim, o que necessitamos neste momento, é usar os ensinamentos dessa pandemia para nos organizar, pensando em possíveis novas pandemias, evitando assim, que contratempos dessa natureza se reflitam no aumento da desigualdade durante o combate de uma emergência sanitária. Essa pandemia foi uma surpresa para todo o mundo. Não tínhamos matérias-prima, nem máscaras, e os mais pobres, não apenas os países, mas também a população, foram os que mais sofreram. A pandemia evidenciou a desigualdade de maneira global.
O Reitor do UniFacema, Prof°. MsC. Marcos Aurélio de Araújo Alves se pronunciou de forma emocionada e otimista sobre a decisão da OMS.
“Ler e ouvir nos meios de comunicação “o fim da emergência da pandemia da Covid” nos reporta para um outro tempo. Quão bom esse dia, talvez de sensação oposta ao 17.03.2020, quando se descortinava, a pandemia, um tempo que não sabíamos aonde íamos chegar, e esse tempo chegou ao fim. No ensino superior e na nossa realidade, no UniFacema, foram mais que 3 anos muito difíceis, de muitas incertezas, de muitos testes e ensaios para fazer acontecer o ensino, a pesquisa e a extensão, atividades de nossa responsabilidade, dentro de uma realidade que era a pandemia. Viver a pandemia da Covid, em todas as áreas, não foi fácil. Aliás, foi dificílimo. Se aprender fazer fazendo, em tempos de dúvidas não foi confortável nem para o aluno, nem para o professor, nem para a gestão do UniFacema. Mas o certo é que, com sabedoria, estudo, alerta às novas descobertas da ciência, e não ao negacionismo, vencemos e fizemos as coisas acontecerem. Sempre fomos defensores das medidas de proteção e da vacina. Saímos na frente como IES preparada para viver “o tempo pandêmico de restrições”, foram muitas mudanças e muitas conquistas também. Hoje, ler que a pandemia findou seu prazo de emergência, saber que a OMS determina isso é vitória da ciência, é vitória de todos que contribuíram para esse dia: quer fosse usando máscara, quer fosse isolando-se quando podia, quer fosse ministrando e/ou assistindo aulas on-line, quer fosse se vacinando, enfim, essa primeira fase vencemos, o controle da doença chegou, graças a ciência, graças às essas práticas, graças à vacina. E nós, aqui no UniFacema, contribuímos e construímos esse dia, esse novo estado. Não foi fácil, mas foi possível porque assim fizemos ser. O certo é que a emergência pandêmica da Covid acabou e nós, como IES e como pessoas, somos prova disso, sem deixar de evidenciar que somos outras pessoas, outro UniFacema.”
O UniFacema entende que, este é um momento para refletir, olhar para frente, para o que vivemos, e pensar sobre o nosso futuro, onde esperamos e trabalhamos com afinco para estarmos ainda mais preparados para possíveis e novas emergências. Não devemos baixar a guarda, precisamos continuar vacinando os mais vulneráveis e fortalecendo a vigilância, na meta de um futuro mais saudável.
