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20 de novembro, Dia da Consciência Negra: o olhar da Facema sobre a população afrodescendente
Publicado em 20/11/2011 14:31:24
Por Valdênia Menegon - Profa. Mestra Coordenadora de PósGraduação, Pesquisa e Extensão
A história da população negra no Brasil é fortemente marcada pela exploração, domínio dos brancos e discriminação baseada na cor e na raça. Por outro lado, é forte no País a influência advinda da cultura de raiz africana. Aos negros e negras do Brasil foi construído um estereótipo alicerçado, ora ao banditismo – no caso masculino – ora à sensualidade – no caso feminino.
O lugar social da população negra foi determinado a partir do controle e do poder exercido pela população branca, e de modo especial, por homens brancos, ricos e heterossexuais. A esta população sempre foi relegado funções de menor valorização social, tais como os trabalhos domésticos e braçais. As funções de cunho intelectual ou de comando, a rigor, a sociedade brasileira destinou aos brancos.
Hoje, a população negra e parda residente nos municípios brasileiros aumentou 7,6 pontos percentuais, entre os anos de 2000 e 2010, passando de 49,2% para 56,8% (IBGE, 2010). Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.
Os números apontam que a população negra, por representar um contingente considerável possui demandas próprias e necessitam de políticas específicas para o segmento.
Importante frisar que entre as demandas apresentadas pela população negra, está não apenas as relacionadas à dimensão material, mas de modo especial ao conteúdo simbólico, que dizem respeito ao patrimônio cultural.
A adoção do dia 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra, representa o reconhecimento pelo Estado brasileiro da contribuição que a população negra tem dado ao País, bem como o respeito ao legado cultural e a luta que este grupo tem empreendido contra o preconceito e a marginalização.
O Dia Nacional da Consciência Negra é, pois, um ganho concreto na luta empreendida pelos negros e negras deste País, já que coloca na agenda política as demandas de cunho material, tais como melhorias estruturais, educação, saúde, lazer e também as que são dotadas de forte simbologia, como a homenagem que é dada a este que é um dos principais vultos da história brasileira: Zumbi dos Palmares – mártir da abolição da escravatura no Brasil.
A FACEMA, enquanto Instituição de Ensino Superior que tem como missão “propiciar o desenvolvimento da dignidade humana, por intermédio do Ensino, da investigação e dos serviços que prestará aos alunos, funcionários e comunidade de seu entorno, visando à construção de sociedade democrática justa e igualitária”, valoriza a diversidade e prima pela promoção do bem de todas as pessoas, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, enfatizando a necessidade da equidade entre os seres humanos como a forma concreta de estruturação de um País cujo principal patrimônio é composto pelas pessoas.