A pele alógena funciona como um curativo biológico temporário que protege o leito da ferida contra perdas de líquido e calor, infecções bacterianas, reduzindo a dor e estimulando a cicatrização. Essa pele é captada de pessoas que já foram a óbito por parada cardiorrespiratória ou morte encefálica, o processo de doação passa pelo mesmo das doações de órgãos.
Essa experiência com o banco de pele foi conhecida pela professora da Facema, Leilane de Sousa Dias, no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, onde está fazendo o mestrado. Segundo a professora nesse primeiro contato ela pode perceber a verdadeira importância da captação da pele para o tratamento de lesões dos pacientes, que não tem pele suficiente para cobrir ferimentos.
Leilane de Sousa Dias é responsável pela Comissão de Curativos do Hospital Regional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira Aragão – HRC. “Caxias é a primeira cidade do Estado do Maranhão a trabalhar com transplante de pele alógena. Esse procedimento traz inúmeros benefícios, como uma cicatrização mais rápida, reduzindo assim a relação custo benefício, ou seja, o paciente fica menos tempo no hospital, a internação que antes era de 70 dias passa a ser de uma semana. Então, o progresso com a contribuição do banco de pele da Santa Casa com o HRC de Caxias é significativo. Dois pacientes nossos, já foram beneficiados com o transplante da pele alógena, a paciente Joseane de 31 anos de idade vítima de acidente automobilístico e o Sr. Edmilson, vítima de uma lesão extensa por conta de fasciíte necrosante", ressaltou Leilane.
O novo procedimento já foi apresentado no início das aulas da Facema, em uma palestra no auditório da IES, para os novos alunos do curso de Enfermagem e também para os acadêmicos do 9º e 10º período, com a exibição dos dois primeiros casos de transplante em Caxias. A Facema está com três acadêmicas acompanhando e verificando a evolução dos pacientes, com o objetivo de posteriormente fazer um trabalho de pesquisa com base nesses dados.